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Cira vive e vinga. Sente, ama, luta, falha. Cira é guerreira e curandeira, bruxa e sereia, amante e carrasca. Filha do cobra Norato, nascida e renascida do ventre de Guaracy, proscrita pela Morte, amante da vida.

Cira é uma aventura, uma fantasia histórica que utiliza o folclore e a história do Brasil para construir uma saga  cheia de surpresas e emoções.

 

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Quando publiquei o livro "Cira e o Velho" em 2010, escolhi entre várias editoras que prestavam serviço de publicação independente (você paga para publicar). A melhor oferta que recebi foi da Giz. Cheguei a receber propostas de outras, mas eu já não era tão ingênuo ou inexperiente para cair na armadilha de editoras que prometiam sonhos e cobravam mais de 20 mil reais.

Claro que acabei aceitando diretrizes e opiniões do editor da época. Mas me arrependi da maioria. Outras decisões foram tomadas durante os anos seguintes. Sempre respondendo a "tendências".

A própria capa (escura) era uma resposta a uma "demanda de mercado".

Tolices que sempre me incomodaram.

Treze anos se passaram e uma nova edição do livro saiu pela Sisko. Agora, apenas com o nome Cira. A história foi toda reescrita e revisada.

Hoje, o livro é tudo que eu queria dele lá no começo. E mais. Porque é claro que a experiência acrescentou detalhes que eu não tinha pensado, mas, no geral, Cira tornou-se mais livre e mais livro. Em todos os sentidos. Tenho muito mais orgulho dele hoje.

Cira também faz parte dessa minha nova liberdade. De meu reencontro com minha arte.

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