Urna não é vaso

Tem situações que sobrepõem debate político/ideologico.

Em 2018, não percebemos essa extrapolação de limites e deu no que deu. 600 mil mortos por uma doença. Fora toda destruição em diversos setores. Escolher voto passa pelo emocional, sim. Mas aconselho a tomar cuidado quando se resume isso a um simples “gostar ou não gostar”. A gente gosta de comida, cor, gênero literário ou artístico. Ao pensar politicamente, o emocional conta, mas o racional precisa funcionar… A questão do Marçal é a mesma de 2018. Um auto proclamado “não político” que seduz justamente por isso, porque as pessoas estão “cansadas” de politica e fazem um voto de protesto. Votam justamente no criminoso. Esse cara roubava dinheiro de aposentados pela internet. Ele levou pessoas ao alto de uma montanha contra as instruções de um profissional e quase matou todo mundo (ele, inclusive). Ele levou um funcionário a morrer numa maratona que inventou. Isso são só os exemplos mais conhecidos de sua psicopatia. Coach já costuma colecionar métodos irresponsáveis, mas esse cara eleva isso a uma potência elevada. Um cara sem a menor proposta de administração. E vou falar mais: saber ganhar dinheiro não é sinônimo de inteligência. Pode ser só malandragem e falta de escrúpulos. Então, não tenho o menor pudor em dizer: votar em qualquer candidato desses que se apresentaram à prefeitura de São Paulo é democracia. Votar num bandido condenado (ele só não cumpriu pena por uma tecnicidade), um picareta auto declarado, aí já não é democracia. É desrespeito a um direito conquistado a duras penas. Urna não é vaso sanitário e título de eleitor não é papel higiênico.